Todo ser humano, independentemente da vida que se leva e das decisões que toma, tem um destino em comum: Ir e Vir. Ninguém nesta vida é eterno e por mais que alguns “durem mais” que outros, de fato, somos todos marcados pela transitoriedade em nossas vidas. Porém agimos como se fosse o contrário e, isso inclui os negócios. Achamos que ao se criar uma empresa, essa começa e morre conosco, esquecendo assim, que empresas foram feitas para durar.
Isto, em minha opinião, é um dos “sete pecados capitais” do empreendedor.
Isto, em minha opinião, é um dos “sete pecados capitais” do empreendedor.
Empresas familiares, de pequeno ou médio porte tendem a permanecer na mão do dono e a conseqüência disto é que acabam entrando em dificuldades porque não há ninguém preparado para assumir quando é chegado o “Dia D”. O dia em que a mudança de gestão torna-se um processo necessário, quando não inevitável. Cedo ou tarde o “patrão” há de deixar a empresa, seja por fatalidade, ou o mais comum, pela idade e, a sonhada aposentadoria, ou mesmo para abrir um novo negócio. A forma como ele ou ela lida com a mudança de gestão, irá determinar se a empresa terá mais ou menos sucesso que no passado. É importante que todo proprietário de empresa tenha em mente que não ficara na empresa para sempre.
Quando se cria uma empresa investe-se uma série de recursos, que prefiro chamar de esforços. Esforços estes não só financeiros, mas também de tempo e de pessoas. Pessoas estas, que somam seus esforços ao do patrão, depositam suas expectativas na empresa e almejam uma melhoria de vida, seja lá qual for essa. A sucessão pensada antecipadamente permite que a empresa evite ser pega de surpresa, tornando a mudança menos traumática tanto para aqueles que assumem, quanto para os que ficam na empresa. Afinal, ninguém gostaria de ver a própria empresa, construída com trabalho duro, esforço e dedicação, ir pelo ralo.
Mas quem poderia ser esta pessoa? Poderia ser um familiar, sócio ou até mesmo um funcionário. Conhecendo o negócio melhor do que qualquer outro, o proprietário (a) há ter percepção e tato, mais que suficientes, para identificar um sucessor entre um familiar, sócio ou mesmo entre os colaboradores que cresceram junto com a empresa. É importante ressaltar que não se pode confundir percepção com intuição. O sucessor deve possuir deve possuir determinadas características e/ou habilidades comuns a qualquer ramo de negócio. Este precisa ser confiável, reunir habilidades de gerenciamento e estar afinada com a empresa. Ainda, tão importante quanto tudo isso, é que o sucessor (a) seja reconhecido pelos funcionários, pelo profissional que é, não somente pelo cargo que ocupa.
Escolher, porém, não é o bastante. É vital que esta escolha seja consensual, isto é, tanto quanto por quem é escolhido, do que quem escolhe. Este consenso entre ambas as partes, é importante, vez que, mudança como esta é claramente sentida por clientes, colaboradores e fornecedores. Se o escolhido não estiver de acordo com a decisão e em toda sua dedicação pode não estar predisposto a receber criticas/sugestões de clientes e/ou funcionários que estão habituados ao antigo modelo de gestão.
Para concluir, uma sucessão prévia e bem planejada, torna as coisas mais tranquilas, evita problemas futuros, diminui a incerteza e contribui para o sucesso da empresa. E posso garantir: todos os envolvidos, do auxiliar ao proprietário, estarão preparados e sentirão de forma menos traumática tal mudança.
SUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA PARA UMA SUCESSÃO?
1. Você consegue tirar férias?a) Tranquilamente. Raríssimas as situações em que alguém da empresa liga para pedir ajuda.
b) Sim, porém acompanho diariamente o que acontece recebo diversas ligações durante o período.
c) Nunca! Se eu sair, a empresa para.
2. Qual é o nível de conhecimento sobre o negócio que possíveis sucessores possuem?a) Todos conhecem o negócio com a “palma da mão”.
b) Tem bom conhecimento de suas atividades, porém não tem visão do negócio como um todo.
c) Só eu domino o negócio.
3. Como são tomadas as decisões na sua empresa?a) A maioria das decisões é compartilhada.
b) Às vezes consulto algumas pessoas de confiança.
c) Decido tudo sozinho.
4. Quando você pensa em alguém para ficar em seu lugar…
a) Já tenho meu sucessor definido e sei que serei bem substituído.
b) Me dá um frio na barriga, pois não há ninguém preparado suficientemente.
c) Não existe ninguém apto para tal.
5. Você pensa em se aposentar?a) Sim e tenho planos pra isso.
b) Ainda não penso sobre o assunto, mas sei que um dia terei que me aposentar.
c) Não vou me aposentar nunca, pois trabalharei na empresa até morrer.
6. Como você espera que seja a sua sucessão em sua empresa?
a) Tenho um plano de sucessão e já está sendo posto em prática.
b) Tenho pensado nisso, mas ainda não tem nada definido.
c) Nunca pensei no assunto!